Trabalhava e estudava. Hoje ele é Policial Federal. Contou como conseguia trabalhar 8 horas por dia e ainda estudar com eficiência. – “Cada intervalo deve ser considerado tempo útil para os estudos”.
2019
Para quem quer ser aprovado em concursos de grande concorrência, como os da PF, PRF, Receita Federal, etc., qualquer hora é hora para estudar. Não adianta pensar: Ah, vou esperar até mais tarde, quando terei mais tempo, porque só tenho 20 minutos disponíveis agora. Esse é o tipo de pensamento que se faz perder tempo, e muito! Foram-se, nesse caso, 20 minutos jogados fora! Cada intervalo deve ser considerado tempo útil para os estudos, principalmente para quem trabalha 8h por dia. E, por isso, o planejamento e a organização nos estudos são tudo.
Quando eu realmente vi que só me organizando para lograr êxito no concurso almejado, fiz uma planilha com as minhas horas livres e quais delas eram passíveis de serem utilizadas para os estudos. Afinal, nem toda hora livre é hora útil de estudo. Um exemplo é a hora do almoço. Se você tem 1h de almoço, não adianta se cobrar também 1h líquida de estudos, já que se é necessário almoçar. Lembre-se de que se alimentar é fundamental para a cabeça funcionar bem. Mas também você não precisa gastar essa hora toda no almoço. Frações de hora são tempos de estudos importantes. E isso fez a diferença para mim.
Vamos ao meu caso:
Eu trabalhava 8h por dia, das 8 às 17h. Pedi para mudar meu horário de entrada para às 7h e saída para às 16h, dessa forma eu me obrigaria a acordar 1h mais cedo, ganhando 1h nesse processo. Ainda teria a vantagem de pegar menos trânsito saindo às 16h, deixando de perder tempo com o traslado.
Como eu queria o concurso da Polícia Federal, ainda tinha que me manter na academia, pois não adiantava nada passar na prova escrita e reprovar no TAF. Então, nesse caso, já seriam 8h para o trabalho mais 1h para a academia, ou seja, 9h do dia a menos para os estudos. Dessa forma eu só poderia estudar a partir das 16h, certo? Errado. Eu ainda tinha a hora do almoço. Eu almoçava em 15 minutos para poder ter 45 minutos de estudos. E rendia muito. Fora as frações de horas que eu estudava que me comprometerão se eu contar aqui! Mas esse é o pensamento: estudar em cada minuto disponível, cada fração de tempo, sempre que der. Parou para tomar um cafezinho, aproveite e resolva uma questão. Foi ao banheiro, leve o celular com o vade mecum. Entenderam? Espero que sim!
Mas, sem mais delongas, vamos à rotina diária completa:
7h às 12h – Trabalho
12h às 12h15min – Almoço
12h15min às 13h – Estudos (+ 45min de estudos)
13h às 16h – Trabalho
16h às 16h20min – traslado para o cursinho
16h20min às 16h40min – cochilo no carro no estacionamento do cursinho para recuperar as energias (não adianta estudar pensando em dormir)
16h40min às 17h – lanchando e acordando
17h às 18h15min – estudando na biblioteca do cursinho para aguardar a aula começar (+ 1h 15min de estudos)
18h15min às 21h30min – Aula do cursinho com 15 minutos de intervalo (+ 3h de estudos)
21h30min às 21h45min – traslado para a academia
21h45min às 22h45min – Academia
22h45min às 23h – traslado para casa
23h às 23h30min – jantar e banho
23h30min às 01h – Estudando em casa (+ 1h 30 min de estudos)
Aos sábados eu estudava 6h por dia, ou até o quanto aguentava. Sábado à noite e domingo eram meus horários de descanso / namoro.
Somando-se as horas de estudos chega-se a um total de 6h e 30 minutos diários. Nem todos os dias eu aguentava estudar após a academia devido ao cansaço e ao sono, mas eu sempre tentava. É muito importante você forçar e tentar estudar, a resistência vai aumentando a cada dia. Eu só parava quando já não conseguia somar 1 + 1.
Frisando: force a barra, lute contra seus limites, busque motivação. Você quer ou não quer passar? Ninguém disse que seria fácil. Ninguém disse que não doeria. Mas todos que passam por isso dirão que valeu a pena. E como valeu! Hoje, aguardando a nomeação, eu saio do trabalho às 16h e vou à academia. De lá, vou pra casa, sem pressa. Em casa, tomo banho, janto e vou jogar videogame. Digam vocês: já valeu o esforço, não valeu?
Fonte: Saga Policial, por APF do Norte , em agosto de 2014, mas o “segredo” não mudou: estude!